29.6.09

Comassim?

como-assim
hein?

Um comentário:

Fernando disse...

Já incutido na cabeça dos pequenos o conceito (falsamente) diferenciador de raças.

Parece óbvio, mas sou mais seguir dizendo: ser branco não te faz mais humano. O que te faz mais humano é o que você sente, é o que você é, pode lhe faltar os dentes, pode lhe faltar um pé. Pode lhe faltar um braço, uma perna, não importa.

Tornar-se humano, mostrar-se humano, crescer-se humano, nisso eu acredito. O nascimento não batiza ninguém. As roupas não escondem tua essência, as máscaras não enganam. Ou você sente, ou não sente.

A diferença fica no (elemento: profundidade de sentimento) presente ou ausente. O que você fez por si, e o que foi feito (por si) ao mundo?

Quão belo será o dia em qu'eu conseguir me pautar por essas questões. Nesse belo e fulgoroso dia, sentir-me-ei humano, em toda minha potencialidade. A despeito da melanina que há por debaixo da carapaça. A despeito do que os outros acham, e do que eu mesmo acho que eu sou. Porque estamos todos errados. Ledo ledo engano.

Todas grandes ilusões - o que eu acho, o que os demais acham (de mim). É politicamente incorreto ser racista, mas quanto de mim ainda não o é, apesar de todas as palavras anti-navios negreiros que jorrariam de minha boca em um discurso político?

Polêmico... polêmico é perceber-se racista naqueles pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Porque, hoje, não se pode afirmar-se racista, por mais que, interiormente, se o seja. E então, o que se faz com aquela pitada de racismo que sobrevive em nós (qualquer que seja a cor desrespeitada)? Atira-se ao inconsciente e esperam-se os atos falhos?

Ah...! O inconsciente vazaria um lodaçal absurdo de preconceitos, se somente o permitíssimos.... ah!

O mundo ruiria neste dia! Seria a advinda do caos. Supremo, inelutável. Caos. Dá medo pensar no podre subsistente no nosso lado mais oculto e olvidado.